É com muito orgulho que o Movimento Cultural Ubuntu, em parceria com a editora Kusimon, dá à estampa “A Música na Guiné-Bissau”. Ao publicar este livro, o Ubuntu espera enriquecer a literatura musical do país, contribuir para o melhor conhecimento da música e ajudar na sua promoção. Escrito numa forma simples, a obra pode ser comparada a uma viagem através dos géneros musicais, das suas figuras e da sua evolução. É mais um produto cultural lançado pelo Ubuntu, que se junta à revista Ubuntu e às noites culturais Ubuntu.
Lançada em Fevereiro de 2005, sob o tema da participação cívica e com a premissa base de que 70% da revista deveria ser consagrado à geração de 70 – sinal qualitativo da nossa contribuição para a comunidade –, a revista Ubuntu pretende apresentar uma nova abordagem dos assuntos do espaço guineense, visão desprovida de complexos, inovadora e objectiva. Ela pretende ainda contribuir para a formação e afirmação da consciência social e política africana bem como fomentar a capacidade de reflexão e debate sobre questões de relevância nacional, apontando possíveis soluções para os problemas que afectam o universo guineense e colmatar a carência de informação e conhecimento na sociedade guineense.
As Noites Culturais Ubuntu, iniciadas em 2003, visam, por um lado, valorizar o espírito de solidariedade e consciencialização cultural e a promoção da cultura guineense, através de teatro e música, tradicional e moderna, e, por outro, contribuir para o bem comum da nossa comunidade. Finalmente, o Movimento Cultural Ubuntu tem prestado apoio à produção cultural nacional, através de ajuda material e financeira para a comemoração de eventos especiais (programa radiofónico “Domingo de Tina”, na RDN), aquisição de instrumentos musicais e apoio à gravação do primeiro álbum discográfico dos Furkuntunda (este apoio deve-se em grande parte a uma amiga do MC Ubuntu, Camila Epalza).
São estes princípios que, em 1997, levaram um grupo de estudantes lusófonos a criar a Associação Afrykana Ubuntu com o intuito de intervir na área educativa e cultural. Em 2001, instalou-se uma delegação em Bissau. Com a dispersão dos estudantes lusófonos e findos os objectivos subjacentes à criação da Associação Afrykana Ubuntu, em 2007 assumimos nova identidade, a de Movimento Cultural Ubuntu, extinguindo, em Lisboa, a associação. O projecto Movimento Cultural Ubuntu teve como impulsionadores Jorge Lopes Queta, Rómulo Pires, Catarina Ribeiro, António Monteiro e Eunice Lopes Queta. Muitos outros conterrâneos se juntaram, para apoiar o Movimento Cultural Ubuntu, entre os quais destacamos Nair Gomes, Sandra Melício, Zanira Paralta, Djamila Gomes, Albano Barai, Venâncio Cabral, Mariama Sano, Jorge Biague, Eugénia Lopes, Braima Injay, entre muitos outros agentes culturais que voluntariamente trabalharam no sentido de solidificar o Movimento Cultural Ubuntu na sociedade guineense. Por outro lado, o Ubuntu convidou para embaixadores culturais Hideraldo Pires, Eugénio Borges, Larissa Dahaba, Adelino Mano Queta, Abdulai Sila, José Sousa Dias, e como benfeitor Carlos Gomes Júnior, a que se juntaram, na qualidade de membros do Ubuntu, Fátima Sila, Nina Aimé, Magda Lopes Queta, Fabien Vieira e Mirna Gomes Queta.
Como organização da sociedade civil, assumimos a responsabilidade de estimular a produção cultural nacional e valorizar a diversidade do património cultural, valorizar e difundir o conjunto das manifestações culturais e respectivos criadores. Para a prossecução dos objectivos propostos, temos contado com o apoio irregular de algumas empresas, instituições e individualidades, como o Banco da África Ocidental, Swissaid, Guinétel e Dimate.
O Ubuntu agradece a todos os músicos e a todas as pessoas ligadas ao mundo da música e da cultura em geral pela sua disponibilidade e colaboração durante o processo de pesquisa e recolha de informações. De igual modo, a associação agradece a todos aqueles que ajudaram na concretização deste projecto, em particular Abdulai Silá, Rui Flores, Luísa Madeira, Vanda Medeiros, Elisabete Vilar, Ducko Fernandes, Mário Cissoko, João Cornélio, Conceição Silva, Sandra Djaló, Anabela Bianque Bull, Ana e Patrícia Salazar.
Jorge Lopes Quetá
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